A incerteza e o risco

Muitas vezes confundimos incerteza com risco

A incerteza em que o mundo mergulhou com a entrada na década de 2020 (covid + guerra), rompeu com uma estabilidade económica, suportada em crescimentos sucessivos, baixas taxas de juro e inflação baixa, que perduravam há vários anos nas economias mais desenvolvidas.

Mas neste ambiente de incerteza muitas empresas têm aproveitado oportunidades de negócio nunca antes vistas (vacinas, equipamentos de proteção, desinfetantes, produtos para conforto de casa, comércio online, energias alternativas, veículos elétricos diversos, atividades turísticas em geografias longe da guerra, produção agrícola, etc.). Isto quer dizer que a incerteza nem sempre se traduz em risco, mas por vezes gera oportunidades, que as empresas atentas aproveitam somando elevados lucros.

Podemos assim classificar a incerteza em duas grandes componentes: Incerteza incalculável e incerteza calculável

A primeira (incalculável) serve apenas de alerta para  a gestão, exigindo uma atenção redobrada para detetar a transformação de algumas partes desta, em incerteza calculável. 

A incerteza calculável já faz parte dos processos de gestão empresarial e é apelidada de risco: “Risco é a incerteza calculável”. Todo o negócio tem risco, ou seja funciona sobre incerteza, que o gestor diariamente tenta contornar com planeamento de cenários, planos de contingência, objetivos, estratégias competitivas, ações diversas, com vista à maximização de resultados.